sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Solidão.


Andando do seu lado calado, indo até o inicio onde tudo começou lugar que se tornaria um túmulo frio e vazio.
Sem um olhar pro outro seguindo até o fim, todos a nossa volta parece nos observar.
Chegando lá a pesso para dizer tudo aquilo que lhe aflige, meu coração aperta, meu mundo que já estava em cacos vira pó e some no ar.
Amizade jogada fora, disso eu me arrependo me arrependo de ter perdido você.
Mesmo você fria, me escuta atentamente, vejo a dor no teu olhar, sinto o medo dentro de mim.
E se tudo não passar?
E se tudo não for só uma ilusão?
Só queria ser feliz.
Só queria ser amado.
Só queria ser fundamental pra alguém.
Só queria ser teu alguém.
Só queria ser teu.

Solidão
Solidã
Solid
Soli
Sol
Solução.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Não me deixa.

Noite de quarta feira, foi quando me perdi, noite de quarta feira foi quando te encontrei, noite de quarta feira só nos dois e o brilho das estrelas.
Foi naquela noite que deixei de sofrer,
pois tive a sorte de te conhecer
Você me fez sentir de novo o que eu

Já não me importava mais
O que eu já não sentia mais

Você me faz tão bem
Me faz sorrir, me traz felicidade
não tem tanto tempo que te conheci

e já não posso deixar de pensar em ti,
te sinto em tudo que toco
em cada coisa te vejo
se me falam te escuto
só penso em você,

Fiz escolhas e perdi pessoas importantes na minha vida, mas tenho você, me afastei de todos, mas me aproximei de você, quando precisou eu estava lá, quando gritou por ajuda fui o único a ouvir, quando chorou tuas lagrimas eu sequei, quando sorriu os motivos eram eu, momentos inesquecíveis, lembranças memoráveis, entendo que esteja confusa, tudo está acontecendo muito rápido, e nessa rapidez estou deixando me levar sem saber onde vai dar, só querendo do seu lado ficar, todos estão dizendo que estou errado, mas teus olhos me diz que estou fazendo o certo por nós,chorei por você , tentei não deixar você perceber mas foi inevitável, você vendo aquilo sem reação, fez com que eu calasse com teu abraço, dessa vez minhas lagrimas você secou e me fez sorrir com teu sorriso, olhando pela janela vendo a chuva cair, e pedindo para que essa chuva lave tudo de ruim, e que quando tudo isso acabar só agente restar.
Mas você mudou tudo, finalmente decidiu seguir um caminho, você escolheu assim, decidiu me tirar da sua vida e eu nada posso fazer para mudar isso, apoio em sua escolha se será feliz comigo longe de você assim será, você ainda ta confusa, mas seu ser já está ocupado por outro alguém e todo esse amor é todo dividido entre vocês dois.
Vocês fazem bem um pro outro, vocês se completam, vocês se amam e estão felizes, não tenho o direito de destruir isso, não tenho o poder pra mudar isso, Só queria que pensasse em mim como eu penso em você. Estarei com você, não irei te deixar MINHA PROMEÇA.
Viver e morrer só por você vestir-te de amor, encher-te de mim
MEU MUNDO, MINHA VIDA, MEU AMOR, MEU TUDO.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Amor... A Mor... A Morte


Nunca gostei daquele azul do céu. Era o pior azul que vi. Naquela manhã o céu estava azul, algumas nuvens se iam e o mar quase indiscreto, não sabia seu limite com o horizonte. Dava para ver todo o dégradé da noite purpura e chuvosa passada morrendo, o sol branco que nascia e o azul constante pálido do momento. O silencio da avenida era quebrado logo tão cedo. Pneus traiçoeiros corriam indiscretamente. Não havia pássaros cantores ou qualquer outro ser vivo. Nada tirava a concentração quanto a pista negra que já deixara de ser molhada. Era tentadora.

Eu já não sabia mais porque estava ali. Aqueles carros passavam cada vez mais. Caminhões, ônibus, carros e motos. Tudo corriam diante a linha larga, nem semáforos nem a faixa haviam. Uma brisa toxica e quente que vinha da frota mordia os alvéolos e me fazia tossir. Os automóveis gritavam com suas buzinas. Pessoas passavam longe. Corriam sorrateiramente na frente dos carros que paravam palmos dos corpos assustados que já sumira dali. Minutos depois voltavam ao constante. Todos ignorantes.


Era a avenida perto da praia, um mar sujo, azul e lindo de longe. O mar era inútil, muitas pedras, nenhum banhista, alguns pescadores. Os donos dos cães de raça caminhavam pela areia e alguns deixavam suas fezes, era ridículo não distinguir quem era cão e quem era homem. Outro dia até vi um cão correr para a avenida, foi pisado por um ônibus, que nem parou. Os outros nem desviavam. O crânio quebrado estalava a cada pneu sujo de sangue que esfarelava o resto dos ossos do bicho. Logo era um ponto sujo e plano na avenida. Um dia um homem morreu atropelado. A ambulância até que não demorou a chegar, mas antes arrastaram o corpo para o calçamento e o transito voltou. Frio e cruel.

Não havia vida naquele lugar. Minha mente mais uma vez perdida no cosmo, longe daquela realidade, do padrão, do erro, longe da dimensão medíocre. Dava até para ouvir uma melodia dançante, que meus pés moviam conforme a musica. O sapato batia no chão frio das sete horas da manhã, ritmicamente. Naquele dia não estava com fones de ouvido, não. Mas a musica invadiu minha mente, meu corpo. Apenas segui de onde vinha. Estava chegando perto quando senti o desnível no calço.


Havia descido a pista. Aquele som era nada mais nada menos que uma ambulância. Abri os olhos e então tudo parou. Na realidade eu havia apenas tocado àquela lista branca que marcam a saída do calçamento e o início da pista. E realmente havia uma ambulância. Agora caída de lado no chão. Bateu em um carro daqueles grandes. Dava pra ver quem estava dentro. Uma mulher gravida parecia inconsciente, seu sangue descia da testa, pela orelha até cair no chão. O motorista esmagado com o choque de frente. Acho que morreu. O outro carro apenas amassado. Eles logo saiam e gritavam palavrões ou apenas buzinavam. O transito parou. O acidente era mágico. Insano.

Uma voz se destacou na desordem. Ele puxou minha mão. Eu virei o rosto e vi. Não era um anjo, não sei bem, mas era angelical e divino. Os joelhos romperam e antes de cair ele me segurou em seus braços e me conduziu a um abraço quente e excitante. Seus lábios quentes tocou meu corpo frio e suado, era místico e falou “Eu não quero te perder!”. Aquela voz ecoou em minha mente, fechei os olhos e depois de uma lagrima espontânea, um sorriso. Abri os olhos dava pra ver perfeitamente aquela cara franzina. Tudo parecia rodopiar como um tornado, me sentia levado para junto dele. E antes de um beijo qualquer, ele sumiu lentamente com um vento que em segundos arrancara cada parte de seu corpo. Era real.


Um piscar de olhos e lá estava eu. Deitado no chão quente. Não ouvia mais a voz dele, outras, muitas e irreconhecíveis. O som diminuía. Até não ouvir mais nada. Nada mesmo. Além das cabeças embaraçadas estava o céu. O mesmo céu azul pálido mudava magicamente para um azul intenso e escuro. Somente agora vi um céu bonito de verdade. Nada mais além de ir. Fechei os olhos e sorri sabendo que ele me amou. Deitando no quente sangue borbulhante na destruição. A avenida estava agora molhada, não mais de chuva, de sangue. 

Tolo eu que pensei que só o teria se a morte viesse. Estava o tempo todo comigo. Amor, A Mor, A Morte.