Acordo na minha caixinha misteriosa, preso esperando que alguém
gire a manivela para eu sair pra vida, vida? Levanto e mesmo antes de abrir os
olhos já ouço criticas vindo a mim, dentro dessa caixa que chamo de quarto,
coisas amontoadas, coisas jogadas, minha bagunça nada organizada, tudo no seu
devido lugar invertidamente errado, levanto e logo ao pisar ainda de olhos
fechados já encontro meu celular no chão tocando uma música que consequentemente
fará viajar pelo restante do dia, o chuto de lado e ele para a “tão perfeita”
música, abro os olhos e murmurando a letra daquela música caminho até a janela,
ao abrir as cortinas a luz que sai queima
meus olhos enfurecido fecho as cortinas e me jogo na cama , me perco
no cobertor e acabo por adormecer outra vez, ao acordar, novamente abro os
olhos, olhando para o lado meio desnorteado, perdido procuro ao lado meu
celular para ver as horas e não acho essa droga, desço da cama e acabo por denovo a pisar no celular, e casualmente dando play na “tão perfeita” o pego e
decido não tirar a música, olho as horas super atrasado, sem saber o que fazer
primeiro abro a porta da caixinha misteriosa e de uma só vez sou expulso por
uma força desconhecida, ouço uma voz que dizia com uma voz bem agrassiva: _Olhem bem para o centro do
picadeiro uma espécie rara de humano, olhares impiedosos, criticas repulsivas,
não quero mais viver nesse mundo, sai de casa e a voz mais uma vez diz: _Cuidado
senhoras e senhoras o sociopata incomum está a solta.